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7 maneiras de usar a Comunicação Não Violenta (CNV) para lidar com conversas difíceis

As conversas difíceis podem ser grandes fontes de estresse e desgaste emocional. Seja no ambiente de trabalho ou na vida pessoal, essas interações muitas vezes causam mal-entendidos, mágoas e até rupturas nas relações. Mas, com algumas estratégias, é possível transformar esses momentos desafiadores em oportunidades de conexão.


Aqui, vamos explorar 7 maneiras de usar a Comunicação Não Violenta (CNV) para lidar com conversas difíceis.


Ilustração digital de duas pessoas em lados opostos de uma mesa, cercadas por símbolos de diálogo, como balões de fala e corações, representando empatia e conexão em meio a uma conversa difícil. O fundo apresenta tons suaves para transmitir calma e foco na comunicação.

7 maneiras de usar a Comunicação Não Violenta (CNV) para lidar com conversas difíceis:


1. Intensidade e reatividade emocional


Quando emoções intensas tomam conta de uma conversa, é comum perdermos a clareza e a capacidade de raciocinar de forma equilibrada. Nessas situações de tensão, o cérebro ativa a amígdala, uma estrutura relacionada às respostas emocionais e ao sistema de defesa. Esse processo, conhecido como sequestro da amígdala, prioriza a autoproteção e a preservação do ego, frequentemente prejudicando a capacidade de manter um diálogo construtivo e empático.


Como lidar?


  • Reconheça o pico emocional: Perceba quando você ou a outra pessoa estão sobrecarregados emocionalmente.

  • Faça uma pausa estratégica: Respire profundamente, tome um copo de água ou saia para uma caminhada curta. Essas ações simples ajudam a reduzir a ativação do sistema nervoso e diminuem os níveis de adrenalina.

  • Agende um novo momento para conversar: Diga algo como: “Podemos retomar essa conversa quando ambos estivermos mais tranquilos?”


2. Falta de compreensão do ponto de vista do outro


Ruídos na comunicação surgem quando acreditamos que entendemos o outro, mas, na realidade, há discrepâncias entre o que foi dito e o que foi compreendido. Como diz Bernard Werber em seu livro L'Encyclopédie du savoir relatif et absolu:


O que eu penso O que quero dizer O que acredito estar dizendo O que digo O que você tem vontade de ouvir O que você acredita estar ouvindo O que você ouve O que você tem vontade de compreender O que você acredita compreender O que você compreende Há dez possibilidades de termos dificuldades para nos comunicar. Mas vamos tentar mesmo assim...

Como lidar?

  • Confirme o que ouviu: Pergunte: “Você quis dizer que...?”

  • Incentive o outro a confirmar sua mensagem: “Você pode me dizer como entendeu o que eu falei?”

  • Reconheça os mal-entendidos: Mostre interesse genuíno em esclarecer o que foi dito.


3. A crença de que “minha versão é a única verdade”


A rigidez de achar que nossa perspectiva é a única válida pode criar barreiras no diálogo. Quando estamos presos à nossa “verdade absoluta,” o espaço para colaboração diminui.


Como lidar?

  • Reconheça diferentes perspectivas: Pergunte: “Como isso parece do seu ponto de vista?”

  • Pratique a escuta ativa: Demonstrar abertura para outras interpretações enriquece a conversa.

  • Lembre-se: Aceitar outro ponto de vista não invalida a sua experiência, mas amplia a compreensão.


4. Falta de autopercepção sobre sentimentos e necessidades


Sem clareza sobre o que estamos sentindo e precisando, é impossível comunicar isso de forma eficaz. Essa desconexão interna pode gerar confusão e frustração.


Como lidar?

  • Identifique seus sentimentos: Pergunte-se: “Estou irritado, triste, ansioso ou algo mais?”

  • Reconheça suas necessidades: Relacione o sentimento com uma necessidade: “Estou buscando respeito, segurança ou compreensão?”

  • Expresse-se claramente: Use frases como: “Sinto [emoção] porque preciso de [necessidade].”


5. Falta de preparação antes da conversa difícil


Entrar em uma conversa difícil sem planejamento pode ser um grande erro. Quando nos comunicamos de forma impulsiva, aumentamos as chances de conflitos.


Como lidar?

  • Defina o objetivo da conversa: “O que espero alcançar?”

  • Escolha o momento certo: Encontre um local e horário adequados para ambas as partes.

  • Adapte o canal de comunicação: Uma ligação ou encontro presencial pode ser mais eficaz do que mensagens de texto.


6. Pessoas que não querem ser ajudadas (resistência)


Resistência é comum em diálogos difíceis. Muitas vezes, o “não” da outra pessoa está ligado a uma necessidade que ela acredita estar em risco.


Como lidar?

  • Entenda o “não”: Pergunte: “O que você sente que precisa proteger ou evitar?”

  • Demonstre empatia: Valide o ponto de vista do outro sem julgamentos.

  • Respeite o tempo do outro: Algumas mudanças demandam paciência.


7. Preconceitos pré-formados


Rótulos como “preguiçoso” ou “difícil” podem distorcer nossa percepção sobre o outro, dificultando a empatia e a comunicação.


Como lidar?


  • Reflita sobre os rótulos: Pergunte-se: “Esse julgamento reflete minhas próprias frustrações?”

  • Pratique a curiosidade: Tente compreender os motivos por trás das ações da outra pessoa.

  • Abandone preconceitos: Abra espaço para enxergar a pessoa com novos olhos.


Conclusão


Transformar conversas difíceis em oportunidades de conexão exige prática, paciência e empatia. Ao aplicar princípios da Comunicação Não Violenta, escuta ativa e clareza emocional, você estará mais preparado para enfrentar esses momentos desafiadores.


Lembre-se: conversar é um ato de coragem. Ao entrar em diálogos com empatia e consciência, você não apenas resolve conflitos, mas fortalece relacionamentos. Cada conversa difícil é uma oportunidade para crescer e construir pontes em vez de muros.


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"Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo." - Hermann Hesse

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